quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um Boom de sustentabilidade



Este ano Idanha-a-Nova volta a receber a 9ª edição do Boom Festival. Quem não conhece ou nunca ouviu falar pensa que se trata apenas de mais um festival, mas na verdade é o festival português mais premiado internacionalmente.

Reconhecido mundialmente, o festival recebe pessoas de todos os continentes, acabando por fazer do festival de Idanha-a-Nova um festival para o mundo. Dado que já se registaram mais de 82 países na compra de bilhetes.
Este festival é muitas vezes, se não sempre, conotado como um festival onde a droga prolifera, não posso negar esse facto mas na realidade este problema não se reflecte somente no Boom mas sim em qualquer local que exista jovens.
Penso que é bastante injusto o Boom Festival ser sempre percepcionado nessa lógica, assim este post, surge com vontade de mudar a ideia que a maior parte das pessoas tem em relação ao festival. É importante referir que as práticas de sustentabilidade sempre fizeram parte da verdadeira identidade do Boom Festival.

Cruzando a sustentabilidade com a arte nas suas mais variadas vertentes e diferentes formas, o Boom recebe mais de 800 artistas de todos os pontos do globo que trazem desde pintura, escultura, land art, música, vídeo arte, artes plásticas e instalações interactivas.
Estas vertentes artísticas tornam o Boom Festival um dos mais conceituados eventos multidisciplinares de cultura independente e também o maior festival português sem quaisquer patrocínios.

Tratando-se de um exemplo a nível de sustentabilidade, são muitas as acções que o Boom leva a cabo para tornar o festival mais natural e sustentável. Em 2004 começaram a desenvolver projectos para serem auto-sustentáveis, desenvolveram casas de banho sem o uso de químicos, o tratamento das águas do festival é feito através de biotecnologias e utilizam a energia solar e eólica.
Assim, este ano o Boom Festival vai conseguir ter 25% do seu recinto sustentável em termos energéticos.

O objectivo do Boom é ser mais que um festival mas sim “um espaço de aprendizagem e troca de experiências” como refere a organização. Felizmente são já alguns os prémios que reforçam a qualidade e essência do Boom Festival

·       - 2008 e 2010 o prémio Greener Festival Award Outstanding.
·       -2010 no European Festival Award ganhou o prémio Green’n Clean Festival of       the year
·       -Foi convidado pela ONU a fazer parte do projecto United Nations Environmental and Music Stakeholder Initiative que tem o objectivo de promover a consciência ambiental.

O jornal “The Guardian” refere-se ao Boom Festival como “um evento cultural de experiência obrigatória” tal como eu também o considero, mais do que um festival … uma troca de experiências onde a diversidade cultural e a vontade de mudar o mundo se juntam à arte, à sustentabilidade e à música.


Links consultados:
- jornal Mundo Universitário – 28 de Maio 2012

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